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Carlos Filho canta bandavoou 10 anos do álbum "Nó", em show solo na Casa de Alzira

  • Foto do escritor: Carlos Filho
    Carlos Filho
  • 29 de out.
  • 2 min de leitura

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Carlos Filho canta bandavoou 10 anos Nó na Casa de Alzira
Carlos Filho canta bandavoou na Casa de Alzira

Carlos Filho bandavoou 10 anos álbum Nó Casa de Alzira

Na última sexta, 25 de outubro, o tempo se sentou entre as mesas da Casa de Alzira, no Recife Antigo.


Eu estava ali — voz, violão e memórias — para celebrar os 10 anos de , o álbum que a bandavoou lançou em 2015, e que ainda ecoa dentro de mim como um vento que encontra morada. Era um show solo, mas não estava só. Além da memória de todas as pessoas que fizeram parte do grupo, no teto, projetei o vídeo de “Tempo Mãe”, filmado por Marina Sobral, que também estava presente — e ao meu lado, na plateia, minha mãe, musa e destino daquela canção.


Aos poucos, a imagem do rapaz de 2011, cantando com os olhos úmidos de sonho, encontrou o homem de agora. O tempo se curvou. A sala inteira respirou junto.


“Peraí, menino. Calma. Mesmo com toda dificuldade enfrentada, você conseguiu criar e produzir um bonito trabalho. Não se cobre tanto e não se culpe tanto pelo que poderia ter sido feito. Somos fruto daquilo que fazemos com o que as pessoas fazem de nós.”

A bandavoou foi um dos primeiros grandes voos. Com ela, aprendi o que é transformar canção em caminho — cantar no Ibirapuera, dividir o dia com Milton Nascimento e Lô Borges, cruzar fronteiras até Montevideo/Uruguay, vencer prêmios e perder amigos. Crescer dói, mas também é uma forma de pertencer.


“Respeito e acolhimento com minha trajetória, dor das amizades perdidas durante o crescimento da banda, orgulho do que criei dentro das minhas limitações, pertencimento à canção brasileira, nordestina.”

Naquela noite, a Casa de Alzira estava tomada. Gente em todas as cadeiras, ambientes e janelas. Um público de muitas datas, muitos afetos, que cantou junto cada palavra, como se o tempo, de repente, pudesse voltar a dançar.


Após o show demorei mais de uma hora e meia falando com cada pessoa que ficou. Não por formalidade: por gratidão. Por cada abraço que parecia dizer “a gente também cresceu contigo”.


“O que vivi nessa noite me lembrou que tenho estrada, que tenho lastro, que tenho um trabalho. Que há coragem em encarar lembranças e sombras de um período sensível — tanto pelas conquistas, quanto pelas perdas.”

Se eu pudesse resumir o que senti, seria isso: TEMPO.

Um tempo que me atravessa, me refaz e me devolve ao começo, como quem gira numa ciranda dentro de um balão, o mesmo balão da bandavoou, viajando leve pelas memórias.


4 comentários


Woverley Rufino de Oliveira
Woverley Rufino de Oliveira
30 de out.

Lindo menino...traz dentro de si a doçura que sempre o acompanhou...

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anamariambreinaldo
30 de out.

Fiquei triste por ter sido impedida pelas surpresas da vida, de participar desse seu lindo giro no tempo, meu querido ídolo. Te conhecer Carlos Filho, naquele dia quando as cadeiras viraram, foi mágico, eu vivia momentos onde tudo parecia sombra e escuridão, e a sua voz soou como um raio de luz que iluminou o meu coração, me dando forças e esperanças para continuar. Obrigada por tudo! Por me confortar nas noites turbulentas, por tornar meus momentos alegres mais felizes, por me acalmar e acariciar a alma com sua voz linda e única, por me emocionar com sua poesia e sua arte e por me fazer muito mais feliz, nesta altura da vida. Você não faz ideia de quanto so…

Editado
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21fabiola
30 de out.

Feliz por ter participado desse momento contigo. Feliz por vir acompanhando teu voo solo, mais intensamente, desde 2022. Antes eram alguns shows do Estesia e o Baile do Menino Deus.

Tuas canções povoam minha vida de poesia e lirismo, incluindo os forrós. Voa Carlos! Meu radar continuará antenado em cada passo teu. ❣️

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lais3senna
30 de out.

Que lindo ler esse relato cheio de coragem em dizer a verdade com delicadeza e sobriedade. Feliz em ter uma referência tão foda, tão perto de mim. Cheiro, Carlinhos, sou tua fã ♥️

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